Coletânea de Crônicas de Terror [Especial Sexta-Feira 13]

Hoje o dia está rendendo, não? Foram várias postagens em relação ao terror, isso para a comemoração(?) da Primeira Sexta-Feira 13 do ano. 

Inspirado pela postagem abaixo, um conto de terror, estou trazendo nesta uma coletânea de Crônicas (Sim, eu sei que na verdade são contos, e a classificação "Crônica" é errônea)  aqui do 404. Quem acompanha o blog a mais tempo, lembra que antes as Crônicas, antes, eram semanais. Até hoje foram publicados um total de 11 contos no 404, dentre estes 11, cinco são de terror. E como a maioria foi publicado no inicio do blog, muitos de vocês não leram, e para resolver este impasse, segue abaixo todos estes cinco contos de terro, já que estou aproveitando a data para divulgar nossos textos, meu e do GBRP.

Os contos (Crônicas) aqui têm cenas fortes e de mal-gosto. Caso você seja uma pessoa sensível, ou não se sinta confortável com esse tipo de leitura, por favor não click no link para ler mais.

OBS: Os contos aqui não estão com as imagens, somente texto, isto devesse ao fato de... É... de... não sei :)





Crônica #: Zombe – Filho de Morto

Escrito e criado por T.V
 
 O
 Silêncio da noite é quebrado por berros e choro. Um homem de terno é jogado na terra úmida pela garoa e a velha bruxa sai de seu casebre com sua horrenda filha abraçado em suas costas. Com um livro de capa feito de couro escrito em alguma língua desconhecida, lança palavras sem nexo e com uma fonética muito diferente em direção do jovem homem. Este se levanta do chão, limpasse e sai em direção opostas.
 “Se com minha filha não casar, nenhuma outra mulher irá te amar”. - alertou a bruxa com sua voz rouca e trêmula. Ignorando, o homem volta para casa pela mesma trilha em que veio. Mesmo após alguns metros de distância ainda podia-se ouvir o gritos de tristeza da jovem monstruosidade vindos da velha cabana de madeira velha.
 Finalmente em casa, uma fazenda de tamanho médio que herdou de seu pai, o jovem retira sua capa preta, senta-se em um pequeno banco de madeira e retira seu cansado pé daquela apertada bota. Sem enxergar muito vai até a cozinha e ascende uma vela que ficava no centro de uma mesa de madeira rústica. Assim que a luz percorre por todo o cômodo, ele percebe que sua mão ficara maior e com alguns poucos pelos iguais a de um defunto, suas unhas apodreceram e sua pele ressecou e ficou cheia de manchas escuras. Assustado corre até o banheiro e visualiza no espelho um ser horrível um homem que parece que acabara de ressuscitar e sair de seu caixão, muito magro, esguio, pálido e com todos os pelos caindo e perdendo a tonalidade. Por alguns instantes não acredita em sua aparência, mas ao passar da madrugada ali enfrente aquele espelho aceita sua condição e resolve isolar-se da sociedade.
                              ☩ ☩ ☩ ☩ ☩ ☩
 Após vender algumas poucas fazendas que herdou de seu pai, Drungorc muda-se para a cidade de Laudalum com o seu sócio, Manbel, com a esperança de que sua teoria estivesse correta que havia uma grande quantidade de metais naquela região. Assim que chegam à cidade constatam que estavam corretos, a terra era avermelhada o que sugeria que havia mercúrio ali, mas eles não podiam comprar a cidade inteira ou simplesmente trazer homens ali e mandarem perfurar a terra. Para resolver tal problema buscam alguma fazenda mais afastada para que possam comprá-la e explorar seu terreno. Depois de conversar com alguns cidadões da cidade descobrem que há uma grandiosa fazenda nos arredores dali em que eles poderiam tentar negociar com o dono.
 Indo na direção da tal fazenda, ambos passam pela frente de um velho casebre. Há uma velha asquerosa na janela que quando os vê grita.
- Por que me ignora, bruxo, se pertenço à mesma classe que você?
Drungorc vira-se rapidamente para a velha.
- O que disse? - pergunta Drungorc
- Não aja como um idiota. Este livro que carrega denuncia sua verdadeira origem... BRUXO!
Manbel continua parado, vendo a discutição de ambos. Assim que ouve aquilo, Drungorc esconde o livro que carregava em sua mão esquerda atrás de suas costas e recua, ignorando-o a velha novamente.
- Na casa aonde tu vás não existe um homem e sim um monstro, sua amizade e dinheiro não será algo bem vindo! - grita a bruxa
Ambos os sócios saem.
Já alguns metros mais distantes da velha, Manbel pergunta:
- Como ela descobriu que você é um bruxo? Somente pelo fato de ver o livro?
- Sim, pois ela também tem um.
Chegando à fazenda, ambos avistam um homem com um longo manto preto, sentado em uma cadeira de madeira.
- Senhor pode conversar? - pergunta Manbel.
- Não! - grita o homem ainda de cabeça baixa com sua grave voz.
- Senhor...
- Não!
Drungorc já impaciente fala para seu sócio.
- Esqueça. A velha estava certa. Vamos tomar a propriedade.
Drungorc abre seu livro e com palavras rápidas lança seu feitiço e deixa o homem paralisado.
Os dois sócios jogam o homem no porão para caso alguém de falta dele e fazem dele um servo.
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  Para não precisar contratar empregados, Dungorc resolve fazer um antigo feitiço em que revive os mortos para serem seus servos. Por temer ser descoberto ressuscita somente três mortos.
 Em uma noite de bebedeira e muito sexo, Drungorc convida Dellor, o homem de aparência horrenda que se tronou servo de Drungorc e Manbel, para fazer um ménage com uma prostituta ruiva. Com o convite aceito ambos acabam gozando nela e como resultado, Deth, a prostituta ruiva acaba engravidando. O menino nasce com a aparência parecida com a de Dellor, mas muito mais amenizada por conta de sua mãe ser muito bonita.
Com raiva de Dellor, Drungorc o mata e com pena de Deth, Drungorc a convida para morar ali com eles. Mesmo não sendo seu filho, Drungorc tem um forte amor pelo garoto e o adota e lhe dar o nome de Zombe.
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 Mas assim como seu pai biológico, Zombe tem uma aparência fantasmagórica, mas muito mais amenizada por causa de sua mãe, Deth, que era belíssima.

 Quando criança, Zombe foi apelidado de Necrozoí por Manbel, por ser parecido com os servos da fazenda onde moravam.
Já com 17 anos seu pai o ensina a usar bruxaria. Com 23 anos entra para a Ordem de Bruxos de Candlé, a organização que controlava fazendas no interior de países europeus para o plantio de amentia, substância forte e viciante que era vendida á produtores de cigarros e bebidas alcoólicas. Mesmo Drumgorc sendo o Dux, presidente, de tal ordem, ele não influenciou na entrada de Zombe. Zombe entrou para a ordem por ser um excelente bruxo e virtuoso administrador e negociante.

Drumgorc veio a falecer por tuberculose, na época sem cura, com 76 anos deixando para Zombe a fazenda onde morava, o cargo de Dux na ordem, o livro de bruxarias e todos seus servos.

Manbel e Deth já haviam falecido, ele com 48 anos em um acidente de carro e ela morreu com 21 anos por complicações de saúde após o nascimento de Zombe.

Como sua administração era muito superior do que a de seu pai Zombe veio a enriquecer-se rapidamente aumentando suas negociações. Como se tornou comum sua ida até a cidade para fechar algum contrato Zombe conheceu Shantía, uma bela moça que não se importando com a aparência do burguês casa-se com ele e deste relacionamento nasce três filhos Nald, Faul e Dotu, a única filha do casal.

Zombe com 53 anos e cada vez mais rico e poderoso decide fazer algo que ia contra as leis da sua ordem, fazer um feitiço que lhe torna imortal. Embora seu conhecimento em bruxaria fosse profundo, criar um feitiço só não era difícil, mas a possibilidade de algo dar errado era grande. Após sete anos de tentativas e falhas resultou na morte de seus três filhos, pois Zombe os utilizou como experimentos. Shantía suicidou-se por causa de sua profunda depressão que surgiu assim que Nald morreu fruto de um dos experimentos falhos de Zombe.

Zombe com 61 anos, fracassado em sua tentativa de se tornar imortal e deposto de seu cargo na ordem morre de causas naturais deixando sua fazenda e fortuna abandonadas. Seus servos que nesse ponto já eram milhares, sem um líder perdem o rumo e vão em direção as cidades causando destruição e caos onde passam, ou seja, o apocalipse zumbi começou assim que Zombe morreu.

Os mortos-vivos receberam o nome de Zumbi em homenagem ao seu dono, Zombe.

Crônica #: Dream Village

Escrito e criado por GBRP
   Saint Anthony Village era uma pacata vila que ficava no sul do Texas. Nela havia apenas uma rua de chão batido, no final dela havia uma velha igreja abandonada e ao lado, um cemitério com, até então, poucas sepulturas. Tudo isso mudou quando algo muito ruim assolou a vila fazendo a sumir do mapa e ficar conhecida com Dream Village devido a sua lenda.

     Tudo começou quando uma pequena família constituída por um padre excomungado e acusado de heresia, uma mulher que auto se dominava Bruxa e um menino com a pele tão pálida quanto os primeiros raios lunares de um longo inverno. Alguns velhos moradores que conseguiram fugir antes da “coisa” dominar a vila afirmar ter visto a menina apenas durante a noite e ele aparentava não ter a pele solida, como se fosse um  espírito.
     O período caça as bruxas chegava à América Colonial e foi então que amedrontados os moradores resolveram queimar a mulher, pela condição de Bruxa, juntamente com o menino pela condição de representante de Lúcifer. Para queimá-los os moradores trancaram os dois na igreja e atearam fogo. Naquela noite assim como nas que a sucederiam, ninguém conseguiu dormir, pois podiam ouvir os gritos de agonia, não gritos humanos, mas sim fantasmagóricos que vinham do pequeno cemitério. Os moradores mais curiosos que saíram nas janelas para averiguar a situação se depararam com uma enorme fumaça misturada com cinzas tão negras que cobriam a lua e toda a vila; No mesmo momento os moradores puderam perceber a maldição, ou magia negra, caindo sobre os leitos das casas e assim que o primeiro morador, um menino resolveu dormir teve um pesadelo tão profundo que seus gritos cortavam o ar e quebravam os silencio que até reinava no vilarejo, ele nunca mais acordou, alguns relatam que o garoto não morreu, porém não conseguia encontrar a saída do sonho e ficou aprisionado lá assim como qualquer outra pessoa que tentava dormir, também não acordava e a vila entrou em estado de ruínas.
      Essa “coisa” que assolou a vila percorre o mundo inteiro e é conhecido como pesadelo, popularmente Bicho Papão entre as crianças.

       
     As pessoas que passam pelo local onde ficava a vila, dizem ver a mesma massa cinzenta que revestia o céu naquela noite. E ainda afirmam que esta massa forma a imagem própria de Lúcifer como um sinal de um possível retorno.  

Crônica #: Nihil Vilis

 E
Escrito e Criado por T.V

m uma cidadezinha chamada Esber, uma família fiel a religião ali predominante, está preparando um ritual para que depois de mortos eles possam morar na terra divina de Mezér.

   O ritual que o homem e a mulher têm que fazer consiste em matar 20 meninas e ter um filho do mesmo sangue para que Aeternam, deus da vida, possa despertar neste menino e lhes conceder a permissão de morar em Mezér.
Após sequestrar e matar 19 meninas de sua cidade e o ritual estar quase completo aparece um problema, o casal não tem um filho apenas uma filha. Como a mulher já está velha demais para ter outro filho, só há uma opção: O pai terá de engravidar a própria filha. Depois que o menino nasce, mas ele nasce com uma grave e rara deficiência, o menino tem todos os seus membros virados ao contrário. Sua cabeça está no lugar certo, mas seus braços e pernas estavam virados para trás. A filha do casal é executada e o ritual finalmente está completo. Quando Aeternam desperta no garoto e percebe o problema de que o menino sofre, ele tentar colocar todos os membros no lugar correto, mas isso faz com que o filho do casal venha a falecer. Aeternam então desperta no primeiro menino que nasceu instante depois da morte do outro. Nihil Vilis é este garoto. Mesmo estando em outro corpo o deus da vida deve cumprir seu chamado e executar o ritual.

Nihil tem uma infância perturbada, ele torna-se uma criança sociopata e depressiva. Com 8 anos, Aeternam concede o privilégio aos pais de Nihil, mas nada acontece. Os pais de Nihil não são fiéis a religião de Esber e muito menos fizeram o ritual e um privilégio destes não pode ser entregue a qualquer um e o único jeito de remover é morrer.

Aeternam, controlando Nihil, tem de matar os pais de Nihil para depois ir atrás do casal que fez o ritual e finalmente concluir-lo. O planejamento e execução das mortes estavam demorando demais então Aeternam, sem mais paciência de ficar preso ao corpo de um menino, decide matar os pais de Vilis com seu poder divino de dar e remover vida, sem se importar de quebrar as regras divinas, “Um deus não pode interferir na vida de um mortal sem a sua consciência deste ato". E “Um deus na posse de um corpo não deve utilizar seus poderes". A morte do casal é feita e Aeternam sai em direção a Esber. Como ele ainda é deus mesmo na posse de Nihil, ele não sofre de fome, sede, sono e cansaço.

Finalmente em Esber e depois de encontrar o casal que fez os rituais esquartejados e empalados em uma estaca que está em chamas. Aeternam sai de Nihil e volta para Mezér, pois se passou oito anos desde que o casal fez o ritual e nesse meio tempo a religião foi abolida da cidade de Esber e o casal por ter cometido tantos crimes, foram julgados e condenados a morte pelos próprios cidadãos da cidade.  

Crônica #: O Casebre

Escrito e criado por T.V
  Meu querido diário hoje andando pela floresta negra da morte súbita encontrei uma casa velha de madeira podre de cor escurecida coberta por limos, musgos e vinhas.
Adentrei no casebre, logo vi uma lareira acessa que era protegida por uma parede de pedra, em sua frente havia duas poltronas de couro vermelho. O cheiro de podridão empestava o ar. Suas janelas assim como o chão estavam cobertas de poeira e sujeira. Um pouco distante das poltronas havia uma pequena bancada onde tinha duas taças de cristal, uma vazia e outra com vinho até a metade. As moscas que ali estavam faziam o único ruído que quebrava o silencio perturbador dali. Dei alguns passos adiante e flash muito forte adentrou no casebre pelas janelas e pela porta, a qual deixei aberta. Fiquei cego por alguns instantes, ao abrir os olhos e retomar a visão me deparei com um pentagrama de ponta cabeça desenhado com sangue na parede à minha frente. A porta fechou-se de modo brusco rapidamente, a lareira apagou-se e o lustre começou a piscar freneticamente. Um homem de terno preto surgiu ao meio da escuridão e veio até mim. Ele sussurrou algo e depois se encostou sua mão esquerda em meu ombro, após isso minha visão ficou turva, dores musculares percorrem todo o meu corpo, imagens sem sentido viajam diante de meus olhos, as cores vão de perdendo até tudo ficar preto e branco.
Após essa alucinação, cai em sono profundo, acordei agora sentado em uma das poltronas do casebre e vi o homem fazendo sexo com uma mulher esquartejada com seus membros amarrados com uma corda empalada em uma estaca. E agora o que foi isso? Um sonho, ou um delírio? Ou apenas o efeito da cocaína?  

Crônica #: O máscara de Ferro

Escrito e criado por T.V
 Kazgo está queimando os seios de sua mãe com o seu cigarro. Ela grita de dor e agonia. Tudo em vão. Eles estão no porão de sua casa e este tem as paredes isoladas com almofadas para abafar o som e assim ninguém da rua pode ouvir os pedidos de socorro.
Kazgo dá outra tragada e solta à fumaça no rosto de sua mãe que está de joelhos no chão de pedra com os braços e pernas acorrentados na parede.
- Isso – fala Kazgo – não é lindo, mamãe? Não te lembra o papai?
Indurca, mãe de Kazgo, não responde e apenas chora de cabeça baixa.
- O que foi? Pensei que soltar fumaça no seu rosto te lembraria ele. Lembra de suas risadas? Tão felizes enquanto me faziam a mesma coisa que faço com você agora.

ΨψψΨ

Indurca e Thabau são os pais de Kazgo e quando este nasceu era tratado como escravo por seus pais. Eles viviam na cidade de Esber e a religião nativa dali ordenava a morte imediata de todo e qualquer criminoso. Quando um homem era condenado, ele deveria percorrer a cidade usando uma pesada máscara de ferro que tinha o desenho do rosto de Cáramas, o protetor divino.  Thabau era o juiz da cidade e todos os dias ordenavam a morte de várias pessoas e era reconhecido como um homem de honra e respeito na cidade. Por ser muito violento, ele espancava em seu filho todos os dias e ordenava que sua esposa fizesse o mesmo, ela por temer seu marido obedecia e maltratava do garoto por qualquer motivo.

Um dia o professor de Kazgo foi condenado por ser homossexual. Kazgo vendo a caminhada de seu professor com a pesada e emblemática máscara de ferro, chegando até a ponte, onde ele teria seus calcanhares amarrados e seria arremessado de ponta cabeça para morrer afogado, fica com uma raiva excessiva de seu pai. Naquela noite, Kazgo já com 15 anos, ele vai até o quarto de seus pais e crava uma faca na jugular de Thabau, levando-o a óbito, e leva a sua mãe para o porão, onde mantém viva.

Thabau sempre exigiu privacidade de todas as pessoas e só foi dada a sua falta quando um homem foi pego roubando a oferenda da igreja local.

Mais devido aos constantes assassinatos que começaram a ocorrer outro juiz teve que ser escolhido.

ΨψψΨ

Kazgo olha em seu relógio, marcava 1h06m da madrugada.
- Nossa – fala Kazgo – está tarde. Tenho que ir pegar nosso jantar mamãe.
Kazgo vai até seu quarto, veste suas roupa – uma calça jeans preta grande, um par de luvas de couro preto, uma par de coturnos e sem camisa. Em todas as roupas tinha o desenho da cruz de Santiago em vermelho forte que se destacava no preto.
Antes de sair ele vai até a garagem, pega uma faca muito grande e pontiaguda, uma marreta em que ele pendura no cinto e coloca uma réplica da máscara dos condenados.

Kazgo não sai em publico de dia, porém de madrugada ele vai até o supermercado roubar comida, na farmácia roubar remédios.

Esta noite depois de roubar o que precisava, ele voltou para a rua e fez o que também fazia todas as noites. Ele invadia uma casa aleatória e matava todas as pessoas que estavam ali.

Nesta noite ele entrou na casa dos Malders. Foi de cômodo em cômodo para ver quantas pessoas tinham ali. Um casal e uma menina. Primeiro o casal. Ele subiu as escadas até o quarto do casal. Kazgo pega sua faca e decapita o homem de forma rápida e precisa, a mulher acorda rapidamente e tenta fugir, mas assim que coloca o primeiro pé no chão, Kazgo puxa sua marreta e arremessa na cabeça da mulher que cai e geme de dor no chão. O mascara de ferro prende os braços da mulher com uma corda na cabeceira da cama. E a mordaça. Kazgo abre o zíper de sua calça, pega a cabeça do homem que rolava pelos lençóis e faz com que tenha um sexo oral. A mulher vomita vendo a cena. O cheiro de podridão é intenso. O sangue misturado com o suor impregnava o ar. Kazgo pega um pouco do vomito com a lâmina da faca, tira a mordaça da mulher e fá-la engolir o seu conteúdo gástrico e após isso corta de um lado para o outro. O maxilar cai e fica preso pelas linhas musculares. 
Kazgo agora estupra a mulher que continua viva. Enquanto faz a penetração ele segura pelo queixo dela e nisso acaba arrancando-o. A porta começa a abrir lentamente. Era a filha do casal segurando um ursinho de pelúcia.
- Mãe?
No reflexo Kazgo joga o maxilar que estava em sua mão no rosto da menina e salta por cima da cama, vai correndo até a porta e chuta de forma bruta a menina que sai voando pelo pequeno corredor dos quartos e bate na porta do banheiro que estava à frente.
A mulher vendo aquilo começa a se bater, tentando se livrar, mas aos poucos vai perdendo a força. O assassino vai até a menina e a trás arrastada pelas pernas até o quarto. Joga-a no pé da cama e começa a pisotear-la agressivamente. Assim que termina, pega a menina já totalmente desconfigurada e a coloca em cima da cama. Masturba-se até gozar sobre a carnificina e vai embora.

 Quando volta para casa, Kazgo alimenta sua mãe como um cachorro, levando sua comida em tigelas e obrigando-a a comer de joelhos. E os dias seguiram nesta rotina, de dia Kazgo fica em casa sem fazer nada e a noite sai para roupar alguma mercadoria e matar uma família inteira de forma aleatória.

Com tantos assassinatos em pouco tempo e de formas tão cruéis como o da família Malders, um grupo de reportes vai à Esber verificar o que está acontecendo. 

Angelina Crux é a repórter responsável pela matéria. Ela leva consigo um câmera e um redator, Mashivis e Brandão, respectivamente.

Depois de conversar com algumas pessoas acerca do que poderia esta acontecendo, Angelina ficou sabendo sobre um “monstro” que era o responsável dos assassinatos. Segundo a descrição das pessoas, este era um homem que carregava a “máscara dos justos”, o símbolo maior de humilhação e desrespeito que uma pessoa podia carregar na crença local.  Sua pele era bastante pálida em contraste com as pretas roupas que vestia. Uma faca longa e fina já marcada com o vermelho de dor e agonia. Em suas costas trazia marcas de cicatrizes e cortes. Para os moradores de fé, o assassino era um homem injustiçado que por não ter conseguido provar sua inocência, negou sua Kal para poder ficar na terra como um pesadelo.

Para os céticos e homens da policia tratava-se apenas de um assassino muito bom.

ΨψψΨ

Em outra noite, Kazgo saiu para se satisfazer. Naquela noite, ele foi até a casa de Dangía, uma mulher de 30 anos aproximadamente que se mudou para Esber para estudar a religião local e poder completar seu TCC de antropologia.

Se preparando para arrombar a porta, Kazgo vê um feixe de luz ao longe e escuta barulhos de pneu rolando no asfalto. Correu para o jardim nos fundos e se escondeu.  O carro para na frente da casa e saem dois homens e uma mulher. Angelina, Machivis e Brandão estão esperando na frente da porta logo após tocarem a campainha.  Kazgo os observa inclinando o corpo sobre a parede.

A porta se abre e os três entram. Kazgo vai de novo pela lateral da casa e enxerga através da janela. Os quatro, os reportes e a antropóloga, estavam conversando na sala.
Kazgo corta o fio da chave central da caixa de energia. A escuridão toma conta. Enquanto eles estavam murmurando sobre a queda de energia, ligando e desligando os interruptores repetidamente, Kazgo entra na casa pela porta, a tranca e pega a chave.

Era noite de lua nova e como não havia muitos postes na rua, muito menos casa ali perto, tudo ficou no completo breu.

Mashivis que estava afastado do grupo sente uma mão percorrendo seu pescoço, mas sem tempo para reação perde as forças cada vez mais que a lamina entra em sua jugular. Morto, é deixado encostado na parede no chão.

- Vou ver o que está acontecendo lá fora – fala em alto som uma voz masculina, era Brandão indo em direção a porta.  Todo o grupo se separa.

Angelina sobe as escadas e vai para o segundo andar. Dangía vai para a cozinha.
A antropóloga ande vagarosamente, buscando não fazer barulho, mas era ridículo. Suas pulseiras e acessórios de metal emitiam um ruído gigantesco que cortava todo o silêncio. Kazgo agarra Dangia, cobrindo sua boca com seu braço. Trava a faca na parte de trás de seu joelho e com uma força descomunal arrasta a lamina para cima, estripando a coxa da mulher que cai. Solta a faca que continua na carne sangrenta e rapidamente tira sua marreta de seu cinto e começa a golpear a cabeça dela violentamente. O sangue ainda quente da mulher espirra no torso de Kazgo. Depois de morta é largada no chão.

A parede da cozinha estava parcialmente destruída devido a uma reforma que estava para ser concluída. Ali havia diversas ferramentas. Mas uma marreta de duas mãos com cabo de borracha, encostada de pé na parede foi o que chamou a atenção de Kazgo.

Brandão, quando ouviu um ruído estranho de corte e depois mais outros de batidas, apertou o passo e chegou à porta. Seu desespero começou a aumentar rapidamente quando suas tentativas de abri-la falharam. A madeira do chão começou a ranger de forma rápida e pesada. Quando o senhor de meia idade, de cabelos longos meio preto meio branco, virou-se perguntando por Angelina, sua face foi totalmente destruída com uma brutal marretada dado por Kazgo que já vinha em passos cruzados na lateral, trazendo consigo a marreta já em posição de uso. Com tamanha violência a cabeça do homem quase se rasgou do corpo, o qual foi atirado à porta arrombando-a.

O barulho de madeira se quebrando, ossos sendo amassados foi estrondoso, o que assustou Angelina que correu para o banheiro, mas por azar bateu a porta forte demais e fez com que Kazgo lembra-se de sua presença. Quando ele subiu para o segundo andar não teve nenhuma dificuldade de encontrar a mulher. Ela estava no único cômodo com a porta cerrada.
 Em vez de arrombar a porta, Kazgo fez um buraco na porta com sua faca longa e viu o que tinha lá dentro por este. Assustada, gritou e denunciou sua posição atrás da porta.
- Hey Bonita! – gritou Kazgo
Kazgo pega impulso, arrebenta a porta e agarra Angelina.
- Você é linda demais para ser desperdiçada.
Kazgo solta Angelina, que cai sem força sentada no gelado chão, e tira sem pênis para fora. Enquanto Kazgo a força a fazer sexo oral, ele bate em seu rosto – Não chore – grita repetidamente. Angelina em dado momento morde violentamente e começa e chacoalhar sua cabeça até tirar um pedaço de pele e carne do corpo do prepúcio.
Com buracos nos lugares dos dentes, começa a sangrar, mas como se não sentisse for dor, Kazgo ignora o machucado.  Ele se afasta um pouco e começa a falar em forma de discurso.
- Perante mim, tu não morrerás, pois as dores que sentirá a partir de já estarão provando sua existência.
Kazgo rasga todas as roupas de Angelina e a amarra com algumas correntes que estavam no chão ao lado da banheira. Rasga a pele da coxa profundamente dela. “Descasca” a pele lentamente, deixando a carne viva à mostra. Kazgo desce até a cozinha, bebe muita água e retorna para o banheiro com sal, pimenta e limão. Ele retira a amordaça dela, segura-a pelo cabelo e martela a boca dela até todos os dentes virarem pó. Coloca seu pau para fora de novo e urina na boca de Angelina que gemia de dor. O cheiro é repugnante. Uma mistura de sangue dele, do sangue dela, da urina e dos consecutivos vômitos dela.
 Quando termina, recolhe o pau e pega seus objetos. Angelina não para de tossir e vomitar. Ele pisa com suas pesadas e sujas botas sobre as coxas da jornalista. Ela está com os punhos amarrados e com os braços para o alto, presos na porta-toalha. Ele joga o sal e a pimenta, e espreme o limão até o suco cair, tudo isso na carne viva das coxas da mulher. Angelina grita muito, mas o som é abafado com a mordaça, até perder a voz.
Como os cortes no seu pênis tinham sido profundos e o sangramento não parava, ele não conseguia mais ter ereções e não poderia estuprar Angelina novamente, então Kazgo coloca a vitima suspensa pelos braços com a bunda para cima e começa a introduzir tudo que poderia entrar. O primeiro o cabo de sua marreta de duas mãos no cu sem lubrificante ou “devagarzinho”. Ela estava de joelhos com as pernas juntas. Depois ele quebrou e moeu o espelho do banheiro, colocou em um pote de plástico que servia como saboneteira. Foi até Angelina e despejou o pó de vidro dentro do cu dela. Introduziu o moedor de pimenta do reino como um dildo na buceta e no meio da penetração ele joga a pimenta no canal vaginal. E por fim, Kazgo ateia fogo nos pelos pubianos de Angelina com o álcool do enxaguante bucal.

Kazgo reúne todos os corpos na sala de forma lineares um do lado do outro. Decapitam todos e vasculha por informações nos documentos de cada um. Procurando por resposta sobre Angelina, Kazgo descobre que ela é esposa de Fausto Crux, dono do jornal Visão Mundial, o maior e mais rico jornal daquela região. O assassino embrulha a cabeça da jornalista em uma sacola de plástico, sai da casa, rouba o carro dos profissionais e volta para casa.

Enquanto ele retornava para casa, o sol começava a surgir no horizonte. Como era inverno já deveria ser por volta das sete horas. Em casa, Kazgo vai até o porão, mata sua mãe com pancadas de sua marreta de duas mãos. Imundo de sangue toma um banho, veste seu único terno que era de seu pai. Pega a cabeça de Angelina leva até a casa, embrulha em um papel de presente e coloca em uma caixa amarrada com uma fita vermelha.

7h e 45 minutos, Kazgo sai de casa e vai aos correios da cidade. Ele envia sua caixa com o bilhete:
 




Caro senhor Crux
          
              Devido aos seus gatunos da verdade, minha vida e trabalho tiveram que ser interrompidos. Graças a isso fui obrigado a reivindicar seu direito de poder publicar algo sincero sobre o real acontecimento na casa da Senhorita Dangía Marquês, Rua Santiago Di Mortuus, número 629, Esber.  Espero que receba esta correspondência antes que o comunicado dos federais.  Sei do choque que tal presente pode causar em sua vida, mas foi necessário para que o senhor em um futuro próximo não me cause mais problemas. Agradecido.
                   
                                                                                      ‘Ass:...”

  Quando sai do edifício, Kazgo já percebe uma movimentação na cidade. Ele entra no carro e sai sem rumo deixando para trás seus crimes, sua culpa, sua real identidade, seu nome e feitos. Kazgo, o injustiçado do protetor divino, como ficou conhecido anos depois.  

                                               

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