O que é Fantasia Medieval?

Inicialmente podemos compreender Fantasia Medieval como um subgênero do Gênero Ficção, que se difere da ficção científica e do terror, por dois aspectos notoriamente simples: o ambiente em que se decorre e a história abordada. A "Fantasia" se caracteriza por abordar criaturas e seres fantásticos, isto é, seres imaginários, mitológicos e lendários. Quanto ao "Medieval" significa que o enredo abordará temas típicos da Era Medieval como por exemplo, castelos, cavaleiros, bruxas, etc. Deste modo, a junção entre Fantasia e História/Cultura dá origem o gênero (ou subgênero) Fantasia Medieval. Neste gênero são comuns deuses, seres sobrenaturais como fantasmas e mortos vivos, criaturas fictícias como dragões, orcs, entre muitos outros exemplos. Contudo, a ambientação do enredo jamais deve deixar o aspecto medievalista, ou seja, não devem ser abordados temas posteriores à época medieval, como robôs, seres alienígenas, maquinários muito avançados, armas de fogo de alto nível tecnológico, etc.

Este gênero não é algo novo, ele já existia na própria era medieval nas lendas e canções que preenchiam o imaginário humano da época. Alguns citam escrituras e obras ainda anteriores a Era Medieval, como a Odisseia de Homero, entre outros mitos da Antiguidade. No entanto, para as pessoas que viveram naquela época não havia essa questão de Idade Média que foi um conceito criado a posteriori, sendo assim, hoje vivemos a contemporaneidade que futuramente poderá ser intitulada com outro termo historiográfico. Desta forma, a fantasia medieval latu sensu, já existe desde a era medieval ou ainda antes dela,(seria então uma Fantasia Antiga?), porém a denominação do gênero surge posteriormente com o fim do período medieval.

Além disso, a história não necessariamente se passa no nosso mundo, na Terra, mas também em um mundo fantástico ou fictício como a Terra Média de Tolkien, os continentes de Westeros e Essos da atual série “Crônicas do Gelo e Fogo” de George R.R. Martin, ou mesmo os diversos mundos da mitologia nórdica, temos também os mundos fantásticos dos games como o continente de Tamriel de The Elder Scrolls, entre outros infinitos exemplos.

Alguns dizem que o pai da fantasia medieval na atualidade seria Tolkien o criador de "O Hobbit" e “O Senhor Dos Anéis” as duas grandes obras que influenciaram os mais diversos RPGs da atualidade dentre eles o grandioso e famoso “Dungeons & Dragons”. Outro exemplo desse gênero seriam alguns contos de fada que se passam num cenário medieval, como alguns daqueles contados pelos irmãos Grimm.

A definição de Fantasia Medieval ainda é objeto de discussão entre estudantes, escritores e fãs do gênero. Todavia uma característica que sempre é tida como crucial e delineadora de tal gênero é aquela em que os fenômenos da história jamais resultam de uma interferência científica ou tecnológica e sim de magia, vontade divina e “sobrenaturalismos” em geral. Esta característica é geralmente citada, mas não é aceita universalmente, haja vista que algumas histórias infantis atendem a tais atributos porém não são consideradas fantasia medieval.

Atualmente muitos meios de entretenimento e lazer vêem utilizando fortemente esse gênero em suas obras, sendo os jogos de vídeo game e os RPG’s os maiores destaques. Entretanto, os filmes e livros não ficam para trás. Outro exemplo são os Card Games como o famoso Magic The Gathering.

Influência:

Muitas histórias de Fantasia Medieval têm grande influência das religiões mitológicas dos antigos povoados humanos, sendo a Nórdica, Celta e Grega a mais influentes. A mitologia germânica que é basicamente celta também aparece com frequência. Isso se deve talvez pelo fato das mesmas apresentarem histórias de alto “nível” fantasioso que acabam que por si só são Fantasias Medievais. Além disso, o próprio Tolkien teve influência das mitologias Celta e Nórdica em suas obras.

Atualmente as Obras de Tolkien também são utilizadas como referência para várias obras, livros, jogos, rpg’s e até mesmo músicas como, por exemplo, a banda Blind Guardian que possui nas letras de suas músicas menções ao gênero. Tolkien foi tão influente que suas obras deram origem um gênero denominado Mitologia Tolkieniana que seria uma mitologia exclusivamente criada por Tolkien.

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