[Longa] Crônica #8: O máscara de ferro [+18]


   Kazgo está queimando os seios de sua mãe com o seu cigarro. Ela grita de dor e agonia. Tudo em vão. Eles estão no porão de sua casa e este tem as paredes isoladas com almofadas para abafar o som e assim ninguém da rua pode ouvir os pedidos de socorro.
Kazgo dá outra tragada e solta à fumaça no rosto de sua mãe que está de joelhos no chão de pedra com os braços e pernas acorrentados na parede.
- Isso – fala Kazgo – não é lindo, mamãe? Não te lembra o papai?
Indurca, mãe de Kazgo, não responde e apenas chora de cabeça baixa.
- O que foi? Pensei que soltar fumaça no seu rosto te lembraria ele. Lembra de suas risadas? Tão felizes enquanto me faziam a mesma coisa que faço com você agora.

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Indurca e Thabau são os pais de Kazgo e quando este nasceu era tratado como escravo por seus pais. Eles viviam na cidade de Esber e a religião nativa dali ordenava a morte imediata de todo e qualquer criminoso. Quando um homem era condenado, ele deveria percorrer a cidade usando uma pesada máscara de ferro que tinha o desenho do rosto de Cáramas, o protetor divino.  Thabau era o juiz da cidade e todos os dias ordenavam a morte de várias pessoas e era reconhecido como um homem de honra e respeito na cidade. Por ser muito violento, ele espancava em seu filho todos os dias e ordenava que sua esposa fizesse o mesmo, ela por temer seu marido obedecia e maltratava do garoto por qualquer motivo.

Um dia o professor de Kazgo foi condenado por ser homossexual. Kazgo vendo a caminhada de seu professor com a pesada e emblemática máscara de ferro, chegando até a ponte, onde ele teria seus calcanhares amarrados e seria arremessado de ponta cabeça para morrer afogado, fica com uma raiva excessiva de seu pai. Naquela noite, Kazgo já com 15 anos, ele vai até o quarto de seus pais e crava uma faca na jugular de Thabau, levando-o a óbito, e leva a sua mãe para o porão, onde mantém viva.

Thabau sempre exigiu privacidade de todas as pessoas e só foi dada a sua falta quando um homem foi pego roubando a oferenda da igreja local.

Mais devido aos constantes assassinatos que começaram a ocorrer outro juiz teve que ser escolhido.

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Kazgo olha em seu relógio, marcava 1h06m da madrugada.
- Nossa – fala Kazgo – está tarde. Tenho que ir pegar nosso jantar mamãe.
Kazgo vai até seu quarto, veste suas roupa – uma calça jeans preta grande, um par de luvas de couro preto, uma par de coturnos e sem camisa. Em todas as roupas tinha o desenho da cruz de Santiago em vermelho forte que se destacava no preto.
Antes de sair ele vai até a garagem, pega uma faca muito grande e pontiaguda, uma marreta em que ele pendura no cinto e coloca uma réplica da máscara dos condenados.

Kazgo não sai em publico de dia, porém de madrugada ele vai até o supermercado roubar comida, na farmácia roubar remédios.

Esta noite depois de roubar o que precisava, ele voltou para a rua e fez o que também fazia todas as noites. Ele invadia uma casa aleatória e matava todas as pessoas que estavam ali.

Nesta noite ele entrou na casa dos Malders. Foi de cômodo em cômodo para ver quantas pessoas tinham ali. Um casal e uma menina. Primeiro o casal. Ele subiu as escadas até o quarto do casal. Kazgo pega sua faca e decapita o homem de forma rápida e precisa, a mulher acorda rapidamente e tenta fugir, mas assim que coloca o primeiro pé no chão, Kazgo puxa sua marreta e arremessa na cabeça da mulher que cai e geme de dor no chão. O mascara de ferro prende os braços da mulher com uma corda na cabeceira da cama. 
E a mordaça. Kazgo abre o zíper de sua calça, pega a cabeça do homem que rolava pelos lençóis e faz com que tenha um sexo oral. A mulher vomita vendo a cena. O cheiro de podridão é intenso. O sangue misturado com o suor impregnava o ar. Kazgo pega um pouco do vomito com a lâmina da faca, tira a mordaça da mulher e fá-la engolir o seu conteúdo gástrico e após isso corta de um lado para o outro. O maxilar cai e fica preso pelas linhas musculares.
Kazgo agora estupra a mulher que continua viva. Enquanto faz a penetração ele segura pelo queixo dela e nisso acaba arrancando-o. A porta começa a abrir lentamente. Era a filha do casal segurando um ursinho de pelúcia.
- Mãe?
No reflexo Kazgo joga o maxilar que estava em sua mão no rosto da menina e salta por cima da cama, vai correndo até a porta e chuta de forma bruta a menina que sai voando pelo pequeno corredor dos quartos e bate na porta do banheiro que estava à frente.
A mulher vendo aquilo começa a se bater, tentando se livrar, mas aos poucos vai perdendo a força. O assassino vai até a menina e a trás arrastada pelas pernas até o quarto. Joga-a no pé da cama e começa a pisotear-la agressivamente. Assim que termina, pega a menina já totalmente desconfigurada e a coloca em cima da cama. Masturba-se até gozar sobre a carnificina e vai embora.

 Quando volta para casa, Kazgo alimenta sua mãe como um cachorro, levando sua comida em tigelas e obrigando-a a comer de joelhos. E os dias seguiram nesta rotina, de dia Kazgo fica em casa sem fazer nada e a noite sai para roupar alguma mercadoria e matar uma família inteira de forma aleatória.

Com tantos assassinatos em pouco tempo e de formas tão cruéis como o da família Malders, um grupo de reportes vai à Esber verificar o que está acontecendo. 

Angelina Crux é a repórter responsável pela matéria. Ela leva consigo um câmera e um redator, Mashivis e Brandão, respectivamente.

Depois de conversar com algumas pessoas acerca do que poderia esta acontecendo, Angelina ficou sabendo sobre um “monstro” que era o responsável dos assassinatos. Segundo a descrição das pessoas, este era um homem que carregava a “máscara dos justos”, o símbolo maior de humilhação e desrespeito que uma pessoa podia carregar na crença local.  Sua pele era bastante pálida em contraste com as pretas roupas que vestia. Uma faca longa e fina já marcada com o vermelho de dor e agonia. Em suas costas trazia marcas de cicatrizes e cortes. Para os moradores de fé, o assassino era um homem injustiçado que por não ter conseguido provar sua inocência, negou sua Kal para poder ficar na terra como um pesadelo.

Para os céticos e homens da policia tratava-se apenas de um assassino muito bom.

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Em outra noite, Kazgo saiu para se satisfazer. Naquela noite, ele foi até a casa de Dangía, uma mulher de 30 anos aproximadamente que se mudou para Esber para estudar a religião local e poder completar seu TCC de antropologia.

Se preparando para arrombar a porta, Kazgo vê um feixe de luz ao longe e escuta barulhos de pneu rolando no asfalto. Correu para o jardim nos fundos e se escondeu.  O carro para na frente da casa e saem dois homens e uma mulher. Angelina, Machivis e Brandão estão esperando na frente da porta logo após tocarem a campainha.  Kazgo os observa inclinando o corpo sobre a parede.

A porta se abre e os três entram. Kazgo vai de novo pela lateral da casa e enxerga através da janela. Os quatro, os reportes e a antropóloga, estavam conversando na sala.
Kazgo corta o fio da chave central da caixa de energia. A escuridão toma conta. Enquanto eles estavam murmurando sobre a queda de energia, ligando e desligando os interruptores repetidamente, Kazgo entra na casa pela porta, a tranca e pega a chave.

Era noite de lua nova e como não havia muitos postes na rua, muito menos casa ali perto, tudo ficou no completo breu.

Mashivis que estava afastado do grupo sente uma mão percorrendo seu pescoço, mas sem tempo para reação perde as forças cada vez mais que a lamina entra em sua jugular. Morto, é deixado encostado na parede no chão.

- Vou ver o que está acontecendo lá fora – fala em alto som uma voz masculina, era Brandão indo em direção a porta.  Todo o grupo se separa.

Angelina sobe as escadas e vai para o segundo andar. Dangía vai para a cozinha.
A antropóloga ande vagarosamente, buscando não fazer barulho, mas era ridículo. Suas pulseiras e acessórios de metal emitiam um ruído gigantesco que cortava todo o silêncio. Kazgo agarra Dangia, cobrindo sua boca com seu braço. Trava a faca na parte de trás de seu joelho e com uma força descomunal arrasta a lamina para cima, estripando a coxa da mulher que cai. Solta a faca que continua na carne sangrenta e rapidamente tira sua marreta de seu cinto e começa a golpear a cabeça dela violentamente. O sangue ainda quente da mulher espirra no torso de Kazgo. Depois de morta é largada no chão.

A parede da cozinha estava parcialmente destruída devido a uma reforma que estava para ser concluída. Ali havia diversas ferramentas. Mas uma marreta de duas mãos com cabo de borracha, encostada de pé na parede foi o que chamou a atenção de Kazgo.

Brandão, quando ouviu um ruído estranho de corte e depois mais outros de batidas, apertou o passo e chegou à porta. Seu desespero começou a aumentar rapidamente quando suas tentativas de abri-la falharam. A madeira do chão começou a ranger de forma rápida e pesada. Quando o senhor de meia idade, de cabelos longos meio preto meio branco, virou-se perguntando por Angelina, sua face foi totalmente destruída com uma brutal marretada dado por Kazgo que já vinha em passos cruzados na lateral, trazendo consigo a marreta já em posição de uso. Com tamanha violência a cabeça do homem quase se rasgou do corpo, o qual foi atirado à porta arrombando-a.

O barulho de madeira se quebrando, ossos sendo amassados foi estrondoso, o que assustou Angelina que correu para o banheiro, mas por azar bateu a porta forte demais e fez com que Kazgo lembra-se de sua presença. Quando ele subiu para o segundo andar não teve nenhuma dificuldade de encontrar a mulher. Ela estava no único cômodo com a porta cerrada.
 Em vez de arrombar a porta, Kazgo fez um buraco na porta com sua faca longa e viu o que tinha lá dentro por este. Assustada, gritou e denunciou sua posição atrás da porta.
- Hey Bonita! – gritou Kazgo
Kazgo pega impulso, arrebenta a porta e agarra Angelina.
- Você é linda demais para ser desperdiçada.
Kazgo solta Angelina, que cai sem força sentada no gelado chão, e tira sem pênis para fora. Enquanto Kazgo a força a fazer sexo oral, ele bate em seu rosto – Não chore – grita repetidamente. Angelina em dado momento morde violentamente e começa e chacoalhar sua cabeça até tirar um pedaço de pele e carne do corpo do prepúcio.
  Com buracos nos lugares dos dentes, começa a sangrar, mas como se não sentisse for dor, Kazgo ignora o machucado.  Ele se afasta um pouco e começa a falar em forma de discurso.
- Perante mim, tu não morrerás, pois as dores que sentirá a partir de já estarão provando sua existência.
Kazgo rasga todas as roupas de Angelina e a amarra com algumas correntes que estavam no chão ao lado da banheira. Rasga a pele da coxa profundamente dela. “Descasca” a pele lentamente, deixando a carne viva à mostra. Kazgo desce até a cozinha, bebe muita água e retorna para o banheiro com sal, pimenta e limão. Ele retira a amordaça dela, segura-a pelo cabelo e martela a boca dela até todos os dentes virarem pó. Coloca seu pau para fora de novo e urina na boca de Angelina que gemia de dor. O cheiro é repugnante. Uma mistura de sangue dele, do sangue dela, da urina e dos consecutivos vômitos dela.
 Quando termina, recolhe o pau e pega seus objetos. Angelina não para de tossir e vomitar. Ele pisa com suas pesadas e sujas botas sobre as coxas da jornalista. Ela está com os punhos amarrados e com os braços para o alto, presos na porta-toalha.
Ele joga o sal e a pimenta, e espreme o limão até o suco cair, tudo isso na carne viva das coxas da mulher. Angelina grita muito, mas o som é abafado com a mordaça, até perder a voz.
Como os cortes no seu pênis tinham sido profundos e o sangramento não parava, ele não conseguia mais ter ereções e não poderia estuprar Angelina novamente, então Kazgo coloca a vitima suspensa pelos braços com a bunda para cima e começa a introduzir tudo que poderia entrar. O primeiro o cabo de sua marreta de duas mãos no cu sem lubrificante ou “devagarzinho”. Ela estava de joelhos com as pernas juntas. Depois ele quebrou e moeu o espelho do banheiro, colocou em um pote de plástico que servia como saboneteira. Foi até Angelina e despejou o pó de vidro dentro do cu dela. Introduziu o moedor de pimenta do reino como um dildo na buceta e no meio da penetração ele joga a pimenta no canal vaginal. E por fim, Kazgo ateia fogo nos pelos pubianos de Angelina com o álcool do enxaguante bucal.

Kazgo reúne todos os corpos na sala de forma lineares um do lado do outro. Decapitam todos e vasculha por informações nos documentos de cada um. Procurando por resposta sobre Angelina, Kazgo descobre que ela é esposa de Fausto Crux, dono do jornal Visão Mundial, o maior e mais rico jornal daquela região. O assassino embrulha a cabeça da jornalista em uma sacola de plástico, sai da casa, rouba o carro dos profissionais e volta para casa.

Enquanto ele retornava para casa, o sol começava a surgir no horizonte. Como era inverno já deveria ser por volta das sete horas. Em casa, Kazgo vai até o porão, mata sua mãe com pancadas de sua marreta de duas mãos. Imundo de sangue toma um banho, veste seu único terno que era de seu pai. Pega a cabeça de Angelina leva até a casa, embrulha em um papel de presente e coloca em uma caixa amarrada com uma fita vermelha.

7h e 45 minutos, Kazgo sai de casa e vai aos correios da cidade. Ele envia sua caixa com o bilhete:
 
“Caro senhor Crux
          
              Devido aos seus gatunos da verdade, minha vida e trabalho tiveram que ser interrompidos. Graças a isso fui obrigado a reivindicar seu direito de poder publicar algo sincero sobre o real acontecimento na casa da Senhorita Dangía Marquês, Rua Santiago Di Mortuus, número 629, Esber.  Espero que receba esta correspondência antes que o comunicado dos federais.  Sei do choque que tal presente pode causar em sua vida, mas foi necessário para que o senhor em um futuro próximo não me cause mais problemas. Agradecido.
                   
                                                                                      “Ass:...”

  Quando sai do edifício, Kazgo já percebe uma movimentação na cidade. Ele entra no carro e sai sem rumo deixando para trás seus crimes, sua culpa, sua real identidade, seu nome e feitos. Kazgo, o injustiçado do protetor divino, como ficou conhecido anos depois.