Crônica #9: Revolta

Olá NotFounders. Está atrasada, calma, eu sei, mas ela está aqui aogra a vossa amada crônica semana que na realidade é um conto, mas como eu tenho estilo e faço tudo ao contrário eu as chamo assim.



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    O inverno está chegando. A corrida atrás de comida já começa entre os pobres. Logo após comprar um pouco de ópio para sustentar meu vicio, estou voltando para casa depois de um longo dia de trabalho na fábrica de construção de máquinas a vapor.  Passando pela taverna, encontro meu irmão mais novo jogado aos porcos como todas as noites. Recuso-me a tirá-lo de lá e sigo para minha casa. Assim como minha mãe, minha irmã também é prostituta e antes de sair para trabalhar, ela deixa minha janta encima da mesa.

   Nós três vivemos nesta casa, ao norte do centro da cidade, que herdamos de nosso pai. Juntando nossos salários, nós até que poderíamos viver de forma pobre, mas como os impostos que o rei cobra é exacerbado demais, nós vivemos como miseráveis.

   Meu irmão que é alcoólatra trabalha como músico na praça da cidade.

Aldegon

Eu e meu melhor amigo Aldegon, um jovem ladrão que é sustendo por senhoras ricas por ser seu affaire, resolvemos roubar uma casa de um duque que havia dado a ordens aos seus guardas de recolherem qualquer coisa da pessoa até que o valor das mercadorias pudesse cobrir os impostos.

   Mexendo nos baús do duque, encontrei uma pintura que me chamou, e muito minha, atenção. Era minha mãe ao redor de dois homens, um deles era o duque e o outro o rei. Preso na armação do quadro encontrei um envelope e dentro tinha uma carta de minha mãe.

 

“Caro senhor Diffarir.  

     Venho por esta carta lhe comunicar que depois de nosso gracioso encontro, sinto que estou grávida.

  Não tive relações com meu marido a várias semanas e acabei por concluir que este primogênito que espero pertence ao senhor ou à nossa excelência rei Luiz XVI.

   “Sei a que lugar pertenço senhor, mas peço que me dê suporte financeiro para poder criar meu filho.”

                                                 “ASS: Connéti Diuxis”

 Mostrei a carta para Aldegon e ele confirmou que escutou relatos sobre a história de uma antiga prostituta que havia tido um filho de um nobre quando fazia seus serviços.

   Entendi o porquê, meu pai nunca mencionou a causa da morte de minha mãe e o motivo que ele sempre tentava fazer uma revolta contra o rei. Não era por causa dele, ou impostos, ou abusos, mas sim para “vingar” minha mãe.

    Depois de pegarmos o suficiente e saímos do castelo do duque, voltei para a fábrica. Fiz a minha rotina e no outro dia quando saía de casa para ir trabalhar, acordei minha irmã e falei sobre o que descobri e mostrei a carta. Falei que eu chegaria até o rei e exigiria meus direitos como príncipe, mas diferente do que pensei, ela não me apoiou e me desencorajou, dizendo que eu poderia morrer se tentasse fazer uma revolta.

   Eu nunca me dei muito bem com meu irmão mais novo, porém desta vez eu precisaria de sua ajuda por ele conhecer muitas pessoas e, talvez, algumas delas tivessem o mesmo desejo de tirar o rei do poder.

   Depois de alguns dias, consegui juntar um pequeno exercito de 60 pessoas. Começamos a fazer greve na fábrica em que trabalharmos e depois fizemos a destruição do local. Saímos de lá e fomos em direção ao castelo do rei, destruindo tudo que tinha pela frente e sempre
gritando – Liberdade, Abaixo monarquia. Ganhamos confiança quando algumas pessoas que estavam na rua começaram a nos acompanhar em nossa revolta. Chegando a frente aos portões reais, todos os guardas já estavam apostos, as bestas já estavam prontas para atirar. Sem temer fomos ao ataque e lutamos bravamente durante horas. Mas não teve como vencermos, eles eram muitos e estavam muito melhor equipados. Tentei fugir, entretanto fui pego e condenado à guilhotina na mesma noite.

    Hoje minha história está esquecida e a única coisa que é mencionada é que houve uma pequena revolta naquele dia.