404 ENTREVISTA: Eduardo Spohr

Olá Not Founders, voltamos com uma nova entrevista, desta vez com um grande escritor, podcaster, blogueiro entre muitas outras especialidades Eduardo Spohr. Ele é o escritor dos livros de literatura fantastica: A Batalha do Apocalípse e Filhos do Éden. A Batalha do Apocalipse esteve entre os mais vendidos no segundo semestre de 2010 no Brasil 




-Além de seu avô, como é deixado bem claro na dedicatória em A Batalha do Apocalipse, houve mais alguém que lhe inspirou a dar início a este trabalho?

R: Todos os meus amigos, sem dúvida, especialmente aqueles que tinha paciência para escutar as minhas histórias malucas hehehe.  

- Quais as principais dificuldades encontradas ao se iniciar uma história fantástica?

R: Acho que deve ser a coerência. Manter a coerência com as "regras" estabelecidas para esse universo fantástico.  

- Qual o seu objetivo em colocar o Brasil como cenário de suas tramas?

R: Não tenho um objetivo específico. Como eu já disse algumas vezes, creio que o cenário é secundário. A trama é que deve ser mais importante.   

- Após o grande sucesso de vendas de A Batalha do Apocalipse, qual é a sensação de desmentir a frase: “Brasileiro não lê”?

R: Isso é algo que já sabíamos, na verdade. O brasileiro se interessa muito pela leitura, mas é claro que vivemos em um país muito pobre, com grandes problemas de educação. O brasileiro passará a ler cada vez mais se nos focarmos nisso, em dar melhores estudos às classes menos privilegiadas.   

- Você poderia nos dar um “spoiler” sobre futuras obras ou projetos?

R: Sim. Estou escrevendo agora "Paraíso Perdido", o terceiro volume da série Filhos do Éden. Será a maior obra da trilogia e falará muito sobre mitologia, especialmente sobre mitologia nórdica e grega, além da mitologia hebraico-cristã, é claro. Estou certo que os leitores vão adorar :) 

- Você tem em mente um projeto em outro gênero literário, saindo do seu gênero de costume, o fantástico?

R: Tenho muitas ideias, mas nenhum projeto ainda. Irei desenvolver melhor isso quando terminar de escrever a saga FdE. 

- Como foi o processo de criação do seu universo literário que faz a junção entre religião e ciência, dois fatores que sempre foram apontados como opostos?

R: Foi longo, porém mais fácil dos que as pessoas pensam pq eu já jogava RPG dentro desse universo, e tive anos para desenvolvê-lo. Então a coisa aconteceu de forma orgânica e gradual. Quando comecei a escrever ABdA, já tinha praticamente tudo pronto.  

- Como foi receber tantos nãos das editoras até surgir uma oportunidade na Nerdstore?

R: É completamente normal. Quanto mais "nãos" melhor. Isso irá testar a sua capacidade de nunca desistir. Muitos desistiriam de tudo na primeira negativa.  

- Como foi o processo de pesquisa, estudo e preparação diante do caminho histórico que o personagem percorreria pela trama, evitando erros ou equívocos diante de fatos e características históricas?

R: Parecido com a questão do cenário. Foi um processo logo, mas eu sempre gostei de estudar história, então acabou sendo menos doloroso do que parece.   

- Qual foi o seu primeiro contato com a literatura fantástica, quais foram suas primeiras impressões?

R: Creio que foi com a série "Dragonlance", que eu li no final dos anos 80, justamente quando comecei a jogar RPG. Eu adorei.  

- Você falou que nunca escreveu bêbado, porém  já utilizou "métodos alternativos" para estimular a criatividade?(resposta não obrigatória)

R: Não heeheheh 

- Quais são as chances das especulações sobre um possível filme relacionado aos seus livros saírem dos projetos e irem aos telões?

R: Seria um barato. Quem sabe no futuro, né? Espero q aconteça enquanto eu ainda estiver vivo ;) 

- Em seus textos é praticamente ausente o frio verbo "ele/ela disse", que sempre é substituído por algum sinônimo, isso torna a leitura muito mais rica e variada. Você escreve assim de forma espontânea ou é necessário recorrer a um dicionário?

R: Eu escrevo, reescrevo e edito meus livros dezenas de vezes. Cada palavra é calculada. É preciso encontrar uma balança tb, um meio-termo para a linguagem não soar tão acadêmica. tem que fluir... 

- Qual é a sensação de abrir o olho e perceber de você está entre os autores mais vendidos com mais de 600 mil cópias?

R: É claro que há a satisfação pessoal, mas o importante é aproveitar essa visibilidade para impulsionar a leitura no Brasil como um todo, não só de um gênero ou de outro.  

- Quais os caminhos para alguém que já possui um livro escrito facilitar a sua publicação? 

- Qual o primeiro passo para alguém que já escreve contos expandir suas histórias ao nível de desenvolvimento da trama de um romance?

- Alguma dica ou mensagem aos fãs que querem entrar para a literatura fantástica?

R: A melhor forma de responder às três perguntas acima é indicar o link desse post que escrevi no meu blog: http://filosofianerd.blogspot.com.br/2012/09/um-guia-pratico-para-carreira-literaria.html
Lá, eu reuni podcast, dicas de livros, links, apostilas e outros materiais justamente para ajudar à galera nesse quesito de criação e publicação. Espero q ajude :) 
                                    Muito Obrigado Eduardo Spohr

Essa foi mais uma entrevias do 404, pra você que não conhecia(mas deveria) Eduardo Spohr veja seu Blog Filosofia Nerd e suas participações (com muito conhecimento e humor) no NerdCast
                               

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