Alternativo: Mastodon - Resenha de Leviathan



Mastodon é uma banda diferente das que costumo ouvir, mais sua qualidade é tão elevada que todos devem ouvir-la. Assim como Baroness e Rival Sons, Mastodon está na lista das bandas que estão inovando no cenário de Rock e Metal hoje. Com uma grande gama de influencias, seu gênero é difícil de definir. Vai desde Punk Rock passando por Math Rock até chegar ao Progressivo.
Suas músicas são rápidas e pesadas, mas não são extremas.. É muito estranho, é realmente um som único. Com distorção, passagens e andamentos rápidos, com harmonia e complexidade, mas sem ser Djent, não sabe o que é? Ouça Meshuggah.


Leviathan



Gravadora: Relapse Records
Formato: Vinil
Lançamento: 2004
Gênero: Rock
Estilos: Punk Rock, Progressive, Math, Heavy Metal, Sludge e Stoner.



TrackList:
1.      "Blood and Thunder"
2.      "I Am Ahab"
3.      "Seabeast"
4.      "Island"
5.      "Iron Tusk"
6.      "Megalodon"
7.      "Naked Burn"
8.      "Aqua Dementia"
9.      "Hearts Alive"
10. "Joseph Merrick"


Membros:
Troy Sanders - baixo e vocal
Brent Hinds - guitarra e vocal
Bill Kelliher - guitarra e backing vocal               
Brann Dailor - bateria e vocal 
 

"Blood and Thunder" começa já com muita velocidade, com um riff excelente com muita influencia do Punk principalmente na bateria. Fato interessante sobre a banda é que todos os integrantes cantam e isso gera muita diversidade no vocal que ao longo do disco percebesse a diferença entre eles, alguns mais agressivos outros mais melódicos. Mais sem dar muito tempo entra em cena “I am Ahab” que continua com toda a velocidade e peso da primeira. O progressivo mostrasse mais junto com toda a técnica e sincronia do Math. Música rápida, curta e com vocais distintos. A agressividade cai e o clima acalmasse com “Seabeast”. Sim, é mais calma, mais nem tanto as passagens intricadas estão ali. E a harmonia se quebra na passagem de riffs na interligação do vocal. Se “Seabeast” tinha o vocal principal mais limpo, não podemos falar o mesmo de “Island” que começa já com berros e gritos. E o progressivo extremo? Sim está aqui também, aliás, está no álbum inteiro, este novo genro, pois é muita complexidade e peso junto. É agressivo e intrigante. Em “Iron Tusk” a pancadaria continua e você continua levando uma surra de tanta distorção, mais há decadências que ficam oscilando em a guitarra Sludge e a bateria Punk. “Megalodon” até te engana, não o peso não cai, mas parece ser mais voltado mais para o vocal, com muitos drives, então entra a quebra de ritmo e recomeça os solos que vem e vão dentro dos longínquos interlúdios.. “Naked Burn” começa com um riff para cada guitarra até se unirem junto com o vocal que merece um destaque nesta. É mais melódico e faz um contraste no meio daquele caos todo, por um tempo até, adivinhe? O ritmo se quebrar novamente e outro interlúdio surgem. E novamente volta o vocal limpo. “Aqua Demetina” também começa com a dança de riffs distintos, há dois vocais bem diferentes nessa, um o de sempre com drive e o outro é berros com um toque Punk. “Hearts Alive" é o cume de progressivo no álbum. Riffs vem e vão, harmonias são quebradas constantemente, a bateria está ali com sua velocidade e som que se distingue do resto. Por ser a mais progressiva, há diversas técnicas, contrapassos e elementos. É a mais longa, em 13 minutos você passará por águas calmas, tempestades apareceram, acabaram voltará à calmaria, mas sem muito tempo um monstro aparecera e lhe dará uma surra enquanto grita em seus ouvidos. E finalmente “Joseph Merrick", agora sim você pode agradecer: a surra acabou. Um ponto de luz no meio do caos. O silêncio dentro da desordem, irônico falar desordem para o Mastodon, uma das bandas mais sincronizadas do metal. Depois de tanta adrenalina, velocidade, peso e distorção, a calma aparece para finalizar um dos melhores álbuns já produzidos da história. Sem gritos, berros ou vocal limpo, esta é uma linda faixa instrumental que faz tudo que você sentiu durante as faixas tornasse em plenitude.
Leviathan é o melhor álbum do Mastodon que é uma das melhores bandas já existentes. Como um amante de música você deve ouvir esse que já é um clássico. Veloz, pesado, complexo, com muitos elementos e influências diferentes faz deste álbum um jóia na sua coleção.