
Kazgo dá outra tragada e solta à fumaça no rosto de sua mãe
que está de joelhos no chão de pedra com os braços e pernas acorrentados na
parede.
- Isso – fala Kazgo – não é lindo, mamãe? Não te lembra o
papai?
Indurca, mãe de Kazgo, não responde e apenas chora de cabeça
baixa.
- O que foi? Pensei que soltar fumaça no seu rosto te
lembraria ele. Lembra de suas risadas? Tão felizes enquanto me faziam a mesma
coisa que faço com você agora.
ΨψψΨ
Indurca e Thabau são os pais de Kazgo e quando este nasceu
era tratado como escravo por seus pais. Eles viviam na cidade de Esber e a
religião nativa dali ordenava a morte imediata de todo e qualquer criminoso.
Quando um homem era condenado, ele deveria percorrer a cidade usando uma pesada
máscara de ferro que tinha o desenho do rosto de Cáramas, o protetor
divino. Thabau era o juiz da cidade e todos
os dias ordenavam a morte de várias pessoas e era reconhecido como um homem de
honra e respeito na cidade. Por ser muito violento, ele espancava em seu filho
todos os dias e ordenava que sua esposa fizesse o mesmo, ela por temer seu
marido obedecia e maltratava do garoto por qualquer motivo.
Um dia o professor de Kazgo foi condenado por ser
homossexual. Kazgo vendo a caminhada de seu professor com a pesada e
emblemática máscara de ferro, chegando até a ponte, onde ele teria seus
calcanhares amarrados e seria arremessado de ponta cabeça para morrer afogado,
fica com uma raiva excessiva de seu pai. Naquela noite, Kazgo já com 15 anos,
ele vai até o quarto de seus pais e crava uma faca na jugular de Thabau,
levando-o a óbito, e leva a sua mãe para o porão, onde mantém viva.
Thabau sempre exigiu privacidade de todas as pessoas e só
foi dada a sua falta quando um homem foi pego roubando a oferenda da igreja
local.
Mais devido aos constantes assassinatos que começaram a
ocorrer outro juiz teve que ser escolhido.
ΨψψΨ
Kazgo olha em seu relógio, marcava 1h06m da madrugada.
- Nossa – fala Kazgo – está tarde. Tenho que ir pegar nosso
jantar mamãe.
Kazgo vai até seu quarto, veste suas roupa – uma calça jeans
preta grande, um par de luvas de couro preto, uma par de coturnos e sem camisa.
Em todas as roupas tinha o desenho da cruz de Santiago em vermelho forte que se
destacava no preto.
Antes de sair ele vai até a garagem, pega uma faca muito
grande e pontiaguda, uma marreta em que ele pendura no cinto e coloca uma
réplica da máscara dos condenados.

Esta noite depois de roubar o que precisava, ele voltou para
a rua e fez o que também fazia todas as noites. Ele invadia uma casa aleatória
e matava todas as pessoas que estavam ali.
Nesta noite ele entrou na casa dos Malders. Foi de cômodo em
cômodo para ver quantas pessoas tinham ali. Um casal e uma menina. Primeiro o
casal. Ele subiu as escadas até o quarto do casal. Kazgo pega sua faca e
decapita o homem de forma rápida e precisa, a mulher acorda rapidamente e tenta
fugir, mas assim que coloca o primeiro pé no chão, Kazgo puxa sua marreta e
arremessa na cabeça da mulher que cai e geme de dor no chão. O mascara de ferro
prende os braços da mulher com uma corda na cabeceira da cama.
E a mordaça.
Kazgo abre o zíper de sua calça, pega a cabeça do homem que rolava pelos
lençóis e faz com que tenha um sexo oral. A mulher vomita vendo a cena. O
cheiro de podridão é intenso. O sangue misturado com o suor impregnava o ar.
Kazgo pega um pouco do vomito com a lâmina da faca, tira a mordaça da mulher e
fá-la engolir o seu conteúdo gástrico e após isso corta de um lado para o
outro. O maxilar cai e fica preso pelas linhas musculares.
Kazgo agora estupra a mulher que continua viva. Enquanto faz
a penetração ele segura pelo queixo dela e nisso acaba arrancando-o. A porta
começa a abrir lentamente. Era a filha do casal segurando um ursinho de
pelúcia.
- Mãe?
No reflexo Kazgo joga o maxilar que estava em sua mão no
rosto da menina e salta por cima da cama, vai correndo até a porta e chuta de
forma bruta a menina que sai voando pelo pequeno corredor dos quartos e bate na
porta do banheiro que estava à frente.
A mulher vendo aquilo começa a se bater, tentando se livrar,
mas aos poucos vai perdendo a força. O assassino vai até a menina e a trás arrastada
pelas pernas até o quarto. Joga-a no pé da cama e começa a pisotear-la
agressivamente. Assim que termina, pega a menina já totalmente desconfigurada e
a coloca em cima da cama. Masturba-se até gozar sobre a carnificina e vai
embora.
Quando volta para
casa, Kazgo alimenta sua mãe como um cachorro, levando sua comida em tigelas e
obrigando-a a comer de joelhos. E os dias seguiram nesta rotina, de dia Kazgo fica
em casa sem fazer nada e a noite sai para roupar alguma mercadoria e matar uma
família inteira de forma aleatória.
Com tantos assassinatos em pouco tempo e de formas tão
cruéis como o da família Malders, um grupo de reportes vai à Esber verificar o
que está acontecendo.
Angelina Crux é a repórter responsável pela matéria. Ela
leva consigo um câmera e um redator, Mashivis e Brandão, respectivamente.
Depois de conversar com algumas pessoas acerca do que
poderia esta acontecendo, Angelina ficou sabendo sobre um “monstro” que era o
responsável dos assassinatos. Segundo a descrição das pessoas, este era um
homem que carregava a “máscara dos justos”, o símbolo maior de humilhação e
desrespeito que uma pessoa podia carregar na crença local. Sua pele era bastante pálida em contraste com
as pretas roupas que vestia. Uma faca longa e fina já marcada com o vermelho de
dor e agonia. Em suas costas trazia marcas de cicatrizes e cortes. Para os
moradores de fé, o assassino era um homem injustiçado que por não ter
conseguido provar sua inocência, negou sua Kal para poder ficar na terra como
um pesadelo.
Para os céticos e homens da policia tratava-se apenas de um
assassino muito bom.
ΨψψΨ
Em outra noite, Kazgo saiu para se satisfazer. Naquela
noite, ele foi até a casa de Dangía, uma mulher de 30 anos aproximadamente que
se mudou para Esber para estudar a religião local e poder completar seu TCC de
antropologia.
Se preparando para arrombar a porta, Kazgo vê um feixe de
luz ao longe e escuta barulhos de pneu rolando no asfalto. Correu para o jardim
nos fundos e se escondeu. O carro para
na frente da casa e saem dois homens e uma mulher. Angelina, Machivis e Brandão
estão esperando na frente da porta logo após tocarem a campainha. Kazgo os observa inclinando o corpo sobre a
parede.
A porta se abre e os três entram. Kazgo vai de novo pela
lateral da casa e enxerga através da janela. Os quatro, os reportes e a
antropóloga, estavam conversando na sala.
Kazgo corta o fio da chave central da caixa de energia. A
escuridão toma conta. Enquanto eles estavam murmurando sobre a queda de
energia, ligando e desligando os interruptores repetidamente, Kazgo entra na
casa pela porta, a tranca e pega a chave.

Mashivis que estava afastado do grupo sente uma mão
percorrendo seu pescoço, mas sem tempo para reação perde as forças cada vez
mais que a lamina entra em sua jugular. Morto, é deixado encostado na parede no
chão.
- Vou ver o que está acontecendo lá fora – fala em alto som
uma voz masculina, era Brandão indo em direção a porta. Todo o grupo se separa.
Angelina sobe as escadas e vai para o segundo andar. Dangía
vai para a cozinha.
A antropóloga ande vagarosamente, buscando não fazer
barulho, mas era ridículo. Suas pulseiras e acessórios de metal emitiam um
ruído gigantesco que cortava todo o silêncio. Kazgo agarra Dangia, cobrindo sua
boca com seu braço. Trava a faca na parte de trás de seu joelho e com uma força
descomunal arrasta a lamina para cima, estripando a coxa da mulher que cai.
Solta a faca que continua na carne sangrenta e rapidamente tira sua marreta de
seu cinto e começa a golpear a cabeça dela violentamente. O sangue ainda quente
da mulher espirra no torso de Kazgo. Depois de morta é largada no chão.
A parede da cozinha estava parcialmente destruída devido a
uma reforma que estava para ser concluída. Ali havia diversas ferramentas. Mas
uma marreta de duas mãos com cabo de borracha, encostada de pé na parede foi o
que chamou a atenção de Kazgo.
Brandão, quando ouviu um ruído estranho de corte e depois
mais outros de batidas, apertou o passo e chegou à porta. Seu desespero começou
a aumentar rapidamente quando suas tentativas de abri-la falharam. A madeira do
chão começou a ranger de forma rápida e pesada. Quando o senhor de meia idade,
de cabelos longos meio preto meio branco, virou-se perguntando por Angelina,
sua face foi totalmente destruída com uma brutal marretada dado por Kazgo que
já vinha em passos cruzados na lateral, trazendo consigo a marreta já em
posição de uso. Com tamanha violência a cabeça do homem quase se rasgou do
corpo, o qual foi atirado à porta arrombando-a.
O barulho de madeira se quebrando, ossos sendo amassados foi
estrondoso, o que assustou Angelina que correu para o banheiro, mas por azar
bateu a porta forte demais e fez com que Kazgo lembra-se de sua presença.
Quando ele subiu para o segundo andar não teve nenhuma dificuldade de encontrar
a mulher. Ela estava no único cômodo com a porta cerrada.
Em vez de arrombar a
porta, Kazgo fez um buraco na porta com sua faca longa e viu o que tinha lá
dentro por este. Assustada, gritou e denunciou sua posição atrás da porta.
- Hey Bonita! – gritou Kazgo
Kazgo pega impulso, arrebenta a porta e agarra Angelina.
- Você é linda demais para ser desperdiçada.
Kazgo solta Angelina, que cai sem força sentada no gelado
chão, e tira sem pênis para fora. Enquanto Kazgo a força a fazer sexo oral, ele
bate em seu rosto – Não chore – grita repetidamente. Angelina em dado momento
morde violentamente e começa e chacoalhar sua cabeça até tirar um pedaço de
pele e carne do corpo do prepúcio.
Com buracos nos lugares dos dentes, começa a sangrar, mas
como se não sentisse for dor, Kazgo ignora o machucado. Ele se afasta um pouco e começa a falar em
forma de discurso.
- Perante mim, tu não morrerás, pois as dores que sentirá a
partir de já estarão provando sua existência.
Kazgo rasga todas as roupas de Angelina e a amarra com algumas
correntes que estavam no chão ao lado da banheira. Rasga a pele da coxa
profundamente dela. “Descasca” a pele lentamente, deixando a carne viva à
mostra. Kazgo desce até a cozinha, bebe muita água e retorna para o banheiro
com sal, pimenta e limão. Ele retira a amordaça dela, segura-a pelo cabelo e
martela a boca dela até todos os dentes virarem pó. Coloca seu pau para fora de
novo e urina na boca de Angelina que gemia de dor. O cheiro é repugnante. Uma
mistura de sangue dele, do sangue dela, da urina e dos consecutivos vômitos
dela.

Ele joga o sal e a pimenta, e espreme o limão até o suco cair, tudo isso na carne viva das coxas da mulher. Angelina grita muito, mas o som é abafado com a mordaça, até perder a voz.
Como os cortes no seu pênis tinham sido profundos e o
sangramento não parava, ele não conseguia mais ter ereções e não poderia
estuprar Angelina novamente, então Kazgo coloca a vitima suspensa pelos braços
com a bunda para cima e começa a introduzir tudo que poderia entrar. O primeiro
o cabo de sua marreta de duas mãos no cu sem lubrificante ou “devagarzinho”.
Ela estava de joelhos com as pernas juntas. Depois ele quebrou e moeu o espelho
do banheiro, colocou em um pote de plástico que servia como saboneteira. Foi
até Angelina e despejou o pó de vidro dentro do cu dela. Introduziu o moedor de
pimenta do reino como um dildo na buceta e no meio da penetração ele joga a
pimenta no canal vaginal. E por fim, Kazgo ateia fogo nos pelos pubianos de Angelina
com o álcool do enxaguante bucal.
Kazgo reúne todos os corpos na sala de forma lineares um do
lado do outro. Decapitam todos e vasculha por informações nos documentos de
cada um. Procurando por resposta sobre Angelina, Kazgo descobre que ela é esposa
de Fausto Crux, dono do jornal Visão Mundial, o maior e mais rico jornal
daquela região. O assassino embrulha a cabeça da jornalista em uma sacola de
plástico, sai da casa, rouba o carro dos profissionais e volta para casa.
Enquanto ele retornava para casa, o sol começava a surgir no
horizonte. Como era inverno já deveria ser por volta das sete horas. Em casa,
Kazgo vai até o porão, mata sua mãe com pancadas de sua marreta de duas mãos.
Imundo de sangue toma um banho, veste seu único terno que era de seu pai. Pega
a cabeça de Angelina leva até a casa, embrulha em um papel de presente e coloca
em uma caixa amarrada com uma fita vermelha.
7h e 45 minutos, Kazgo sai de casa e vai aos correios da
cidade. Ele envia sua caixa com o bilhete:
“Caro senhor Crux
Devido
aos seus gatunos da verdade, minha vida e trabalho tiveram que ser
interrompidos. Graças a isso fui obrigado a reivindicar seu direito de poder
publicar algo sincero sobre o real acontecimento na casa da Senhorita Dangía
Marquês, Rua Santiago Di Mortuus, número 629, Esber. Espero que receba esta correspondência antes
que o comunicado dos federais. Sei do
choque que tal presente pode causar em sua vida, mas foi necessário para que o
senhor em um futuro próximo não me cause mais problemas. Agradecido.
“Ass:...”
Quando sai do
edifício, Kazgo já percebe uma movimentação na cidade. Ele entra no carro e sai
sem rumo deixando para trás seus crimes, sua culpa, sua real identidade, seu
nome e feitos. Kazgo, o injustiçado do protetor divino, como ficou conhecido
anos depois.