Olá NotFounders. Está atrasada, calma, eu sei, mas ela está aqui aogra a vossa amada crônica semana que na realidade é um conto, mas como eu tenho estilo e faço tudo ao contrário eu as chamo assim.
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O inverno está chegando.
A corrida atrás de comida já começa entre os pobres. Logo após comprar um pouco
de ópio para sustentar meu vicio, estou voltando para casa depois de um longo
dia de trabalho na fábrica de construção de máquinas a vapor. Passando pela taverna, encontro meu irmão
mais novo jogado aos porcos como todas as noites. Recuso-me a tirá-lo de lá e
sigo para minha casa. Assim como minha mãe, minha irmã também é prostituta e
antes de sair para trabalhar, ela deixa minha janta encima da mesa.
Nós três
vivemos nesta casa, ao norte do centro da cidade, que herdamos de nosso pai.
Juntando nossos salários, nós até que poderíamos viver de forma pobre, mas como
os impostos que o rei cobra é exacerbado demais, nós vivemos como miseráveis.
Meu irmão
que é alcoólatra trabalha como músico na praça da cidade.
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Aldegon
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Eu e meu melhor amigo
Aldegon, um jovem ladrão que é sustendo por senhoras ricas por ser seu affaire,
resolvemos roubar uma casa de um duque que havia dado a ordens aos seus guardas
de recolherem qualquer coisa da pessoa até que o valor das mercadorias pudesse
cobrir os impostos.
Mexendo nos
baús do duque, encontrei uma pintura que me chamou, e muito minha, atenção. Era
minha mãe ao redor de dois homens, um deles era o duque e o outro o rei. Preso
na armação do quadro encontrei um envelope e dentro tinha uma carta de minha
mãe.
“Caro senhor Diffarir.
Venho por esta carta lhe comunicar que
depois de nosso gracioso encontro, sinto que estou grávida.
Não tive relações com meu marido a várias semanas e acabei por concluir
que este primogênito que espero pertence ao senhor ou à nossa excelência rei
Luiz XVI.
“Sei a que lugar pertenço senhor, mas peço que me dê suporte financeiro
para poder criar meu filho.”
“ASS: Connéti
Diuxis”
Mostrei a carta para Aldegon e ele confirmou
que escutou relatos sobre a história de uma antiga prostituta que havia tido um
filho de um nobre quando fazia seus serviços.
Entendi o porquê, meu pai nunca mencionou a causa da morte de minha mãe
e o motivo que ele sempre tentava fazer uma revolta contra o rei. Não era por
causa dele, ou impostos, ou abusos, mas sim para “vingar” minha mãe.
Depois de pegarmos o suficiente e saímos do
castelo do duque, voltei para a fábrica. Fiz a minha rotina e no outro dia
quando saía de casa para ir trabalhar, acordei minha irmã e falei sobre o que
descobri e mostrei a carta. Falei que eu chegaria até o rei e exigiria meus
direitos como príncipe, mas diferente do que pensei, ela não me apoiou e me
desencorajou, dizendo que eu poderia morrer se tentasse fazer uma revolta.
Eu nunca me dei muito bem com meu irmão mais novo, porém desta vez eu
precisaria de sua ajuda por ele conhecer muitas pessoas e, talvez, algumas
delas tivessem o mesmo desejo de tirar o rei do poder.
Depois de alguns dias, consegui juntar um pequeno exercito de 60
pessoas. Começamos a fazer greve na fábrica em que trabalharmos e depois
fizemos a destruição do local. Saímos de lá e fomos em direção ao castelo do
rei, destruindo tudo que tinha pela frente e sempre
gritando – Liberdade,
Abaixo monarquia. Ganhamos confiança quando algumas pessoas que estavam na rua
começaram a nos acompanhar em nossa revolta. Chegando a frente aos portões
reais, todos os guardas já estavam apostos, as bestas já estavam prontas para
atirar. Sem temer fomos ao ataque e lutamos bravamente durante horas. Mas não
teve como vencermos, eles eram muitos e estavam muito melhor equipados. Tentei
fugir, entretanto fui pego e condenado à guilhotina na mesma noite.
Hoje minha história está esquecida e a
única coisa que é mencionada é que houve uma pequena revolta naquele dia.